sexta-feira, 23 de agosto de 2013

237. Espinho rasteiro




Espinho rasteiro
Enfiado no pé
Retrai meu caminho
Incomoda meu caminhar

Faz diminuir o ritmo
Pra sentir a dor
Espinho rasteiro
Insiste em me rasgar
Melodrama que me arrasta por uma estrada sem fim

Sei que posso
mas não paro nem volto atrás
Carrego na carne esses espinhos recolhidos traiçoeiros malditos
Mensageiros de dor

Já não posso contemplar paisagens
Como antes
A dor pulsa na carne
Amarga a língua, cega os olhos e fecha os ouvidos

É única, onipresente e crua.
É sua!


MDansa

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