Espinho rasteiro
Enfiado no pé
Retrai meu caminho
Incomoda meu caminhar
Faz diminuir o ritmo
Pra sentir a dor
Espinho rasteiro
Insiste em me rasgar
Melodrama que me arrasta por uma estrada sem fim
Sei que posso
mas não paro nem volto atrás
Carrego na carne esses espinhos recolhidos traiçoeiros malditos
Mensageiros de dor
Já não posso contemplar paisagens
Como antes
A dor pulsa na carne
Amarga a língua, cega os olhos e fecha os ouvidos
É única, onipresente e crua.
É sua!
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