domingo, 25 de agosto de 2013

242. Esconderijo



Tranco as portas da casa
Vedo as janelas, cerro as cortinas
Não quero brisas nem ventos
Revirando meus cabelos
(Abrigo)

Visto escudo, armadura e elmo
Ferro forjado a fogo
Pra enfrentar lutas indizíveis
Corpo fechado
(Recato)

Espio marés regidas pela lua
Só meu corpo percebe pois flutua
Levado por ondas reincidentes
Ciclos, calma, correntes
- duelo de forças -
(Fuga)

Ninguém me vê
Estou só, mas segura agora

Vago pelas noites assim
Mais ou menos uma
Invisível, irreconhecível e atônita
Com medo de fantasmas e mentiras
Me escondendo da maldade e da dor
(Clandestina)

Não me peça pra entrar
Minha casa está fechada
Por tempo indeterminado

MDansa

Nenhum comentário:

Postar um comentário