terça-feira, 19 de novembro de 2013

307. Navegar é impreciso



Navego por águas turbulentas
Respinga uma água que me leva pra lá e pra cá
Tonta, perdida
Não sei onde é o começo ou o fim deste mar
Onde amanhece ou anoitece
Só sei dos tons vermelhos que se espalham no céu
E da espuma branca que anuncia a tempestade
A sensação de mudança está no ar
Limite Virada

Navego sem rumo
E as águas me (m)olham
Sinto frio e medo
Será o fim ou apenas mais um desafio?

O controle se perde no céu de trovões
Me encolho pra manter o medo longe do coração
escondido na concha do corpo que treme
Mas nem sei o que me apavora
Sentimento primitivo
Adrenalina liberada em jatos
por força sobrenatural
me faz duvidar :

Navegar ainda é preciso?...

Mesmo com barco a deriva
escapo com velas e cartas e estrelas
Sigo tentando, sem deixar a onda me engolir
ou o céu escuro me turvar a visão
Procuro chegar a algum lugar mais seguro

Tenho que me encontrar
Mesmo que seja somente navegar
à procura de paz
Sem nunca atracar em cais nenhum
MDansa

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