Rituais repetidos
Eternamente
Ritos fractais
Caos na rotina
Em padrões previsíveis
Em movimentos
Em decisões
Quantas vezes
Vamos assistir
Aos mesmos filmes
E aos mesmos finais felizes?
Repetições mantem meu coração
Batendo
Repetições em todo lugar
Fazem do mundo um lugar óbvio
Peças chaves abrem caixas mágicas
Que soltam pombas brancas
Bocas se entregam com se fosse o primeiro beijo
O mesmo beijo
O mesmo esfregar de línguas
Redescoberto
Eternamente
Sexos se encaixam e procuram
Loucamente o fim
Como se fosse o fim de tudo
Mas o fim é infinito
E o infinito não tem fim
Loucamente me repito
Porque todas as palavras já foram escritas
E todos os sentimentos já foram sentidos
Me calo, repetidamente
Até o próximo verso
Retomar o ciclo.
MDansa
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