Os tacos do chão saltam
Crianças travessas Saltitam
Saboreiam suas aventuras
Piscam luzes de natal psicodélicas
Vozes esquisitas ecoam
Que estranhos acordes,
Harmonias truncadas
arranjos monotonais.!
Os tocos no caminho mordem
Removem unhas e arrancam dedos
Desviam a atenção de dores maiores
Que passam
E chegam outras
Toscas
Roscas
Que prendem e não soltam
Enroscas
Os troncos são costas
Cada desvio é um murro
Um ultraje
Uma humilhação
Tribos que não são suas
Orfandade nas ruas
Os tacos do chão se soltam
E são tocos onde topas
Unhas que te saltam
te arrancam os olhos
As vozes te ignoram
Falam entre si
Burburinho de crueldades
Você observa
Eu observo
Eu te observo
Estamos sós
Sem nenhuma ilusão
MDansa
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