terça-feira, 19 de novembro de 2013

306. Vislumbrando realidades



Avisto
uma imensidão
Não é o mar
Não é um infinito azul
Não é o céu
Com ou sem estrelas

Vislumbro crianças perdidas
Na imensidão incógnita
Suja, triste e infinita
Quase se afogam em cheiros fétidos
E materiais envelhecidos

Vislumbro uma imensidão colorida
De plásticos, vidros quebrados, papéis amassados
Lembranças enjeitadas
Passados moribundos e doídos
Pesadelos

Vislumbro um lixão de saudades
E desperdícios
Que mina chorume
E renega perfumes
Estes que desaparecem na perversa imensidão do que é real

Mdansa

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