sexta-feira, 25 de abril de 2014

Último segredo


Em tuas pálpebras cerradas apenas pausa.

Meu monólogo silencioso te busca.
Eis que o brilho tênue dos teus olhos ressurge
Apagando a beleza de todas as palavras.

Feito flecha franzina oculta sua força
Enquanto agilidade e rapidez atingem alvos.
É assim que assisto a beleza de tua alma
derramar a poesia indizível de teu mundo, já, tão distante.

Nestas terras marinais por onde viver,
Não posso imaginar como convives
Só com sonhos e um punhado de sílabas....
Advinho porém a grandeza do segredo que ora descobres,
velando o teu silêncio em meio aos véus com que te cobres,
Alcanço um saber que ainda não sei.
Vida frágil, vida dura, vida breve
ao partir que se vá ainda mais leve.
E o teu sono que e a tua vida no momento,
Não acabe e te poupe dos tormentos.
Que te guarde o sentido do segredo:
pois mais vale não ter vida que ter medo.
 
Cláudia Diniz


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