terça-feira, 31 de dezembro de 2013

340. Réstia de luz

Não posso parar
a vida está por um fio
Saem pelas narina
humores sepulcrais
vermes
tormentos
a morte monta guarda

Não posso descansar ainda
enquanto toda carne não apodrecer
não estiver pronta
Não posso desistir
enquanto houver uma réstia de sol
alimentando sementes dormentes
nutrindo ciclos
que usam restos
lixo de vida
como adulto

Continuo
por pouco tempo:
não resta mais opção.

MDansa

imagem: http://miguelcavalcanti.com/tag/correr/

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