quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

323. Demônio interior




I.
O mal ressurge das brumas
da eternidade das almas
do fundo dos olhos
Como questão eterna
Terrena e moral
O mal procura, ataca, toma...
Recomeça o ritual
II.
Culpa de todos os açoites
Habitante das noites
Pai de todas as dores
Desculpa
Vilão
Patife
Ardor e sabor demente
Demônio interior
Serpente
 III.
O mal balbucia maldições
Num diálogo feroz 
que movimenta línguas ferinas em guerra
Interiorizo satã
Buscando Deuses
Mas ambos perderam a força
A ambiguidade se esvai
No universo racional
Pasmo...
 IV.
Tento... decifro sentimentos
Mas eles deformam verdades
Culpa sagrada que encobre responsabilidades
Eu cago e ando...
Mal que se esconde na caverna, na cova, nas trevas
- pulsando camaleonicamente -
Alteram-se cores e formas
E já não reconheço bem e mal
Que se escondem
Confundo tudo
Tento invadir o refúgio interno de sombras vivas
Que assombram
a procura da verdade
Deixar o ar entrar e preencher o caminho a seguir
(aonde vou afinal?)
Tento fugir do porão obscuro e úmido
Onde outros gritam de agonia e desesperança
 V.
Bem e mal se revezam
A fé se esvai como fumaça
 VI.
E tu....tudo farás pela ambiguidade sagrada e profana
Porque o mundo não pode sobreviver
Sem contradições

MDansa

imagem em http://myworldofmadness.over-blog.com/

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