O tempo parou novamente
Uma espera um tormento
Se sinto parar o tempo
É porque esbarro em emoções
Que me mantêm presa àquele segundo secular
que me congelam
que me congelam
Não absorvo não transpiro não respiro
alma suspensa
alma suspensa
O que virá?
Parada no tempo
Crio bolor em sacos plásticos vedados
Que mostram na sua transparência
a alma estagnada
até faltar ar e até
cessar o vento
o sol a vida
... apodreço
Se paro no tempo
Escutando as mesmas canções repetidas
Ensurdeço
Esqueço
o prazer de descobrir o som da mesma alma
o prazer de descobrir o som da mesma alma
Em novos acordes dissonantes
Se-paro no tempo
os segundos que valeram a pena
os segundos que valeram a pena
Sou alma que baila solitária
Numa caixinha de música
Redundância e desperdício
Ciclo sem fruto
Saco sem fundo
Árvore sem produto
Apenas lembranças recorrentes caras sagradas
Que paralisam
E impedem novos sóis de brilharem
Se me amparo no tempo
Revivendo estas rotinas
Na segurança destes dias preciosos
Não há sobressaltos
Nem surpresas
Nem estragos
O céu se carrega de nuvens
Mas não haverá mais espetáculos de tempestades
Nunca mais choverá
MDansa
imagem: http://www.interne.com.br/informativo/index.php?option=com_content&view=article&id=2476
Nenhum comentário:
Postar um comentário