quinta-feira, 18 de julho de 2013

195. Amor em cachos

Suas luzes escorregam em tobogãs dourados
criando criança arco-íris / cintilações.
Seu amor se esfacela num beijo
(demorado, acolchoado de lábio e cheiro)

E espalha raspas de alegria enfeitando meu sorvete. Deleite

Menino matreiro, certeiro, zombeteiro
Seu amor respinga em gotas no meu jardim
Suas gotas pulam em mim
e regam flores que nascem no meu peito
Suas pernas saltitam tanta energia.............
é esta toda força que preciso pra caminhar
Seu amor, escorre das árvores rápido

como chuva que não quer cair
e se tranforma em ambar
pra durar séculos
pra manter presos os elos, preservar esperanças

os domingos e o sol de todos os meus dias

Seus olhos, que no fundo me brilham,
refletem a beleza que vem de você
Espelho infinito de nós dois
Um no espelho do outro... sorrindo
Harmonia/ Eternidade/ reflexo sem fim/

Repetições

Olhos de menino assustado
Maravilhado questionador
Que quer tocar nuvens
Apanhar cometas pra devolver ao céu,
voar, fazer besteira
que teima, que vibra e quer tentar

Amor caindo em cachos
Como uvas, saborosos cachinhos que se confundem com os meus
Em uma confusão de nós que nos atam e nos mantem juntos
Videiras do tempo, do contratempo, do tempero e movimento


Unhas sujas de terra me oferecendo flores em buquês
margaridas e sálvias frescas colhidas pelo seu caminho
onde seus pés vão e param e, de repente, lembram-se de mim
e me colhem com o pólen e a poeira caída de estrelas,
poças de néctar, pedrinhas roliças da beira da lagoa.

Peito livre liberto sem doutrinas
Sem amarras, sem maldades
Com perguntas que faíscam pela boca, pelos olhos, pelos poros
Infância que guardarei pra sempre no meu baú de relíquias


Um menino pede minha permissão
Pra ser feliz e arriscar e ir além
Vai lá, meu neguinho!!!
Estarei sempre olhando por você.

MDansa

(fotos de acervo pessoal)

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