sexta-feira, 26 de julho de 2013

204. Vinho

Vinho divino
Enaltece o pensamento
E flui a liberdade
de soltar voz verbo e língua
serpente homeotérmica
que roça esfrega se entrega
escorre vinho da minha boca
na sua
e a serpente natante
num banho de água bendita
destrava o tempo
fazendo o relógio parar
destrava o peito o coração
fazendo sua pulsação acelerar
à medida que a minha mão se entrega
E percorre seus rios e montes
Floresta e horizontes
E com a nudez da inocência alucinante
Caminha por desejos torturantes
E descobre o poder do sabor dos seus lábios
Sobre os meus enlaces
E termina num êxtase de mar
Mar de águas tão claras
Quanto a beleza do nosso oculto olhar.

C. Gruner e M. Dansa

Valeu Carol!!!

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