sábado, 11 de abril de 2015

420. Manoel



Anseio por palavras não ditas
Que poderiam ter sido reescritas
Anseio por catar cacos de palavras
Que o vento espalhou e vc não colheu
Que  deveriam bailar nos meus olhos
Ou coração
suas palavras já foram ditas todas?
Ou ficou alguma em segredo, na garganta
No pensamento
Desditas e reditas
suspensas
nunca serão repetidas
re-sentidas
De novo e de novo e de novo
No inesgotável desejo
De colher mais insignificâncias divinas
transversação
Daquelas que aceleram o coração
Que esticam a boca num sorriso involuntário largo
Daquelas que são e trazem felicidade e levam de volta
Num vai e vem
De ouvido e sentimento
Uma agonia de ter completado a viagem
Qdo não queria chegar
As paisagens ainda eram muitas
Enough...
Era este o caminho e esta era a casa de repouso
De onde suas histórias habitam
Colorem paredes
Já há cor demais
Chegou a hora
De fechar a conta
De fazer balanços
E calar....
Seu encantamento agora é só voar!

MDansa
14/11/2014
A Manoel de Barros

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