sábado, 11 de abril de 2015

413. Rancores



Ainda sinto
Um delicado torpor
Uma violenta obsessão
Uma triste e permanente dor
Uma prisão

Talvez seja amor
Talvez vício
Talvez fraqueza
Incapacidade

Ouço risadas pueris
Daquelas que atordoam a noite
Com felicidades diárias e alheias

Calem a boca
pois presto atenção no murmúrio que vem do silêncio
Do que fica
quando todos se calam

Minha trilha tem espinhos
Gavinhas,
modificações botânicas de galhos e extensões florais

Não existem melodias
Não acordes
Só rancores

07/12/2014
MDansa

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