sábado, 11 de abril de 2015

415. Traduzindo suas dores



Entendo sua tristeza
Sinceramente entendo
Entendo que nenhuma melodia te emociona mais
Que as cenas estão estanques
Grampeadas pra não voarem
Não há retrocesso
Não há segunda chance.

Sei que você habita certa escuridão
E se imagina perdido para sempre
Sem laços, sem ancoras
Sei que você precisa devolver ao mundo
A fúria e os erros que doem
O caos, os impropérios as impossibilidades
E se imagina morto talvez....
E as dores, fúrias, pesos somem
Como morfina ou cocaína.
de repente.

Sinto sua fraqueza, nossas diferenças
Nossa delinquência
Nossa indulgência
minha incompetência

A vida é sempre tardia
A luz só se acende à noite
Os dias matam esperanças vazias
E te consolam
Porque sempre podia ter sido pior

4/02/2015
MDansa

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