domingo, 29 de maio de 2016

462. Entrementes...


Vivo entre extremos, entre vagões
O trem passa à velocidade da luz
Meus olhos estranham, ardem, se fecham

Vivo tentando entender

O mundo exclama, reclama
É onda, é revés, é chama

Delira

Entrementes enquanto respiro
a dor retorna, o mal devora
Entrementes, enquanto respiro...

Vivo entre gentes, entre vãos
me esqueiro
entre balas de canhão
entre luas e multidão

Vivo estridente

dentes frouxos dissi-dentes
mentes vagas vão fugir
infeliz-mente
meu esconderijo é bem ali

Vivo tentando me esconder
mas não dá mais pra não ser.

me exponho pra você

MDansa







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