domingo, 30 de dezembro de 2012

66. Sana




 As montanhas me protegem
São pirâmides de terra, pedra e matas
Que me abraçam
São gigantes que me aconselham
Quando meus pés não sabem pra que lado caminhar
Minha serra me fala
Desvenda minhas veleidades
Ela me chama
Sonora de silêncio
Complexa de inocência
Infinita e efêmera
Refletindo meus segredos
Retornando como eco
Como espelho
Como água de riacho puro
Como olhos puros de cristal diáfano
Como olho d’agua
Enxurrada
Batendo no meu peito em desassossego
As montanhas me acolhem
É delas meu espírito e serenidade
É nelas que me encontro
e me perco entre os atalhos
É nestas montanhas meu caminho
e é por aqui que eu vou
Depois de tantas idas e vindas
Depois de tantas horas e demoras
Depois de tantos enganos e desvios
Estou cada vez mais perto
Estou chegando
Pra não voltar mais.

MDansa
26/12/2012

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