terça-feira, 18 de dezembro de 2012

58. A porta

Em Paredes descuidadas
Defesas Decaídas fantasmas
A Porta
Aberta novamente...
Aberta pra você entrar

Uma porta flutua ausente
abrindo caminhos e opções
negligências proibições
negocia-se atalhos

Uma porta
Por que não se fecha de uma vez?
Por que não se cerra, lacra, veda
Sem espaços pra minha alma
Etérea escorregar
Em fendas
Em gretas
Talvez passagens dimensionais ?

Uma porta escancara sua cara
E abre-se obscena
sorrindo e
Gemendo as dobradiças
Destravando taras
Seu olhar brilha como vulcão extinto
E eu espero o magma contido
Delírio
Até quando?

A Porta
Gigante perdida flutua e geme
Em meio à lida
Uma porta

Não tenho coragem de dizer
Não tenho audácia de entrar
Não tenho chance de sair
Não tenho energia pra derrubar

Uma porta
Cerra a saída da casa
Estou aprisionada nos seus olhos
E já não posso escapar.

MDansa

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