Polegada a polegada,
Contorcendo sofregamente
Cada músculo da alma,
Empurro para fora
Meu novo eu,
Que é novo,
Mas sou eu
Desenterrada de mim.
Uma nova pele recobre-me
E a velha couraça,
Desgrudada,
Para a qual agora olho,
Dá-me orgulho
Por tê-la usado
Sem nunca a ter maquiado
Enquanto a tive.
Sou-lhe grata
E peço-lhe desculpas
Se por ventura
Abusei-lhe a resiliência;
Se levei-a além
De seu tempo de existência.
Mudar, a nós,
Seres humanos,
Não é como para as borboletas,
Que atendem os chamados das flores!
A nós, seres cientes,
Tempos de crise
São os tempos de catarse!
A nós, seres pensantes,
Foi dado o dom de manipular o tempo
Sonegamos a sorte
E adiamos o processo!
Muitos de nós
Nunca se entregaram a uma ecdise
E vivem a clausura
Do que não mais são!
Pois parto-me aos retalhos
E emirjo dos trapos
Em busca de minhas novas asas
Nem que sejam de mariposas!
Vou responder ao clamor das flores,
Mesmo que estas já estejam murchas...
Cada músculo da alma,
Empurro para fora
Meu novo eu,
Que é novo,
Mas sou eu
Desenterrada de mim.
Uma nova pele recobre-me
E a velha couraça,
Desgrudada,
Para a qual agora olho,
Dá-me orgulho
Por tê-la usado
Sem nunca a ter maquiado
Enquanto a tive.
Sou-lhe grata
E peço-lhe desculpas
Se por ventura
Abusei-lhe a resiliência;
Se levei-a além
De seu tempo de existência.
Mudar, a nós,
Seres humanos,
Não é como para as borboletas,
Que atendem os chamados das flores!
A nós, seres cientes,
Tempos de crise
São os tempos de catarse!
A nós, seres pensantes,
Foi dado o dom de manipular o tempo
Sonegamos a sorte
E adiamos o processo!
Muitos de nós
Nunca se entregaram a uma ecdise
E vivem a clausura
Do que não mais são!
Pois parto-me aos retalhos
E emirjo dos trapos
Em busca de minhas novas asas
Nem que sejam de mariposas!
Vou responder ao clamor das flores,
Mesmo que estas já estejam murchas...
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