quinta-feira, 17 de julho de 2014

393. Mares de vergonha



nosso mundo escurece esfumaça embaça
Ares negros invadem
nossos pulmões paisagens
humanidades inocências esperanças
Sopros industriais emporcalham o céu
Poluem de urina e suor
De medo e injustiça
De descaso e desrespeito
nosso mar

um mar azul
que se perfuma com vapor de maresia
que reflete duplicando e trazendo pra perto
luzes de sóis e luas
mar que gera fecundo
cria vidas reprojetadas
em abismos secretos e impenetráveis
impensáveis
mar que se autorretrata de cores felizes

Mas não é...
os códigos dos sentidos foram enganados
contrastam e se chocam
com estes dias suas nuvens suas verdades:

O mar já se mancha
Há pouca esperança...
E nem conhecemos ainda seus segredos....

MDansa

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