Pensei em escrever um poema
Meio obsceno Meio Obscuro
Que resgate coisas submersas
Subconsciente, alter-ego
Perversões entre quatro paredes
Pensei em escrever e o poema me fez corar
Não se espera tanta obscenidade de um poeta
Mas poetas também sentem tudo que vem de entranhas
Animal livre solto em prados que entardecem
Meu poema me molha como chuva, palavras sacanas
Porque ao escrevê-lo, imagino
e sem escrever, já sinto
e ao sentir, permito
peco por pensamentos
Meu corpo depravado e sedento
quer um corpo... qualquer um
chama qualquer corpo disponível libertino
quer mergulhar em perdições
meus olhos me traem
Neste momento vem seu
corpo e me revela
A mim e a você
sem recato e sem limite
Estremeço no primeiro beijo
E no toque intenso de pele
Que funde e passeia
Calor trocado que pareia, dança e vagueia
Sua voz propõe qualquer coisa
Permitimos o impensável
E vem uma onda de
prazer que se intensifica e explode
Depois da primeira noite
qualquer sexo é frustração
Com você finalmente descobri
quem eu sou
Só te espero ávida e
livre até o momento certo de gritar
MDansa
imagem: http://cultordesentimentos.blogspot.com.br/
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