terça-feira, 24 de setembro de 2013

248. Poema obsceno

Pensei em escrever um poema
Meio obsceno Meio Obscuro
Que resgate coisas submersas
Subconsciente, alter-ego
Perversões entre quatro paredes

Pensei em escrever e o poema me fez corar
Não se espera tanta obscenidade de um poeta
Mas poetas também sentem tudo que vem de entranhas
Animal livre solto em prados que entardecem

Meu poema me molha como chuva,  palavras sacanas
Porque ao escrevê-lo, imagino
e sem escrever, já sinto
e ao sentir, permito
peco por pensamentos

Meu corpo depravado e sedento
quer um corpo... qualquer um
chama qualquer corpo disponível libertino
quer mergulhar em perdições
meus olhos me traem

Neste momento vem seu corpo e me revela
A mim e a você
sem recato e sem limite
Estremeço no primeiro beijo
E no toque intenso de pele
Que funde e passeia
Calor trocado que pareia, dança e vagueia

Sua voz propõe qualquer coisa
Permitimos o impensável
E  vem uma onda de prazer que se intensifica e explode
Depois da primeira noite
qualquer sexo é frustração
Com você finalmente descobri  quem eu sou
Só te espero ávida  e livre até o momento certo de gritar

MDansa

imagem: http://cultordesentimentos.blogspot.com.br/

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