Aqui não há doçura
não há meiguice
Aqui há sangue, pus, excremento
Recolhimento
Pontos se rompem
cicatrizes se abrem
a carne explode
sujando as paredes de rancores
Aqui há feridas mortas
purgando intenções humorais
fluidos, lágrimas, gozo
Aqui há chagas, males, linfa
brotando da lesão
Infecção
Aqui não resta amor
uma borboleta jaz
na podridão dos esgotos
Aqui há larvas de moscas indóceis
à procura do alimento
Tormento
Aqui há odor de vômito
de sarna corroendo o cerne
Não há espaço pra pássaros
que não sejam abutres
Aqui só há lixo desenterrado
minando chorume
no meu coração
Perdão!
MDansa
adoreiii!
ResponderExcluirbem forte! intenso!
nojento!! rsrsrs