dos suores quando escorrem
afogando certos amores
da minha pele que desafina
quando o inverno passa assim
quando o inferno passa por mim
tão quente e tão frio
quase meio tom
da carne quando queima febril
da fumaça, da bruma, do vapor que entorpece
da névoa da noite
da cama
das suas costas
Do que é só febre descontrolada
fumegando de células desacopladas
Falar do corpo descompassado
da pele ardendo ruborizada
não não é mais de vergonha
apenas me acostumei com o medo
apenas queimo
sem discernimento
sem razão
toda ilusão
do que me irradia
como reflexo de lua
oferta aos orixás
de histórias narradas
de sombras ensimesmadas
de sobras metálicas
de tardes melancólicas
de dobras metabólicas
que seguem a via errada
entropia desavisada
onde perco me perco
e não falo
não falo
Mdansa
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