quarta-feira, 5 de junho de 2013

167. Universo oscilante



Saio de casa,
Absurdamente viva.
Movem-me certezas
Que me mantêm no mundo.

Nas ruas da cidade
Encontro o  real,
Que me atropela.
E eu agora,
Estranhamente morta,
Me espanto.

Os caminhos se fecham
E o sol desliga suas luzes,
Recolhe seus fótons,
já não brilha como antes.

As tristezas caem, uma após a outra,
Como produção em série sobre a mesa.
Tento, continuo, foco, falo de você.
Exigências me empurram,
Mas já não prossigo.

Uma névoa me perturba...
Sou mesmo louca
Ou escureceu o dia?

Chega! Vagueio
Desvairada à procura
Da força motriz.

Palavras, texto, léxico
Caem como água em cachoeira.
Destravo e vou -
Descontroladamente sou eu
Em busca da explosão de palavras que
Em minha língua goza.

Ah, sou poeta de novo!

MDansa

Nenhum comentário:

Postar um comentário