Saio de casa,
Absurdamente viva.
Movem-me certezas
Que me mantêm no mundo.
Nas ruas da cidade
Encontro o real,
Que me atropela.
E eu agora,
Estranhamente morta,
Me espanto.
Os caminhos se fecham
E o sol desliga suas luzes,
Recolhe seus fótons,
já não brilha como antes.
As tristezas caem, uma após a outra,
Como produção em série sobre a mesa.
Tento, continuo, foco, falo de você.
Exigências me empurram,
Mas já não prossigo.
Uma névoa me perturba...
Sou mesmo louca
Ou escureceu o dia?
Chega! Vagueio
Desvairada à procura
Da força motriz.
Palavras, texto, léxico
Caem como água em cachoeira.
Destravo e vou -
Descontroladamente sou eu
Em busca da explosão de palavras que
Em minha língua goza.
Ah, sou poeta de novo!
MDansa
Nenhum comentário:
Postar um comentário