Vivo num corpo que não é meu
Nestas paredes, trancada
Sofro de uma estranheza
Que me amedronta
Aqui dentro me debato
Procurando respostas
Negando o ser que transparece
Parece...
Minha alma não combina com a imagem de fora
Invólucro desfocado e frágil
Quero romper a casca, carcaça itinerante, limitante
Que uso, testo, empresto ...
E vejo onde isso vai dar
E vejo onde isso vai dar
A alma e o corpo conflitam
Os desejos de um atropelam o outro
E nascem daí dores
Enxaquecas, tremores, tumores
E nascem daí amores
Meu corpo veste uma alma fugidia
E suporta toda loucura
Toda tormenta
Toda contradição
Os sinais vitais avisam que é chegada a hora
de procurar redenção
Mas a alma tumultua e insiste em me empurrar
Até o abismo
Ao cair, caio em câmera lenta
Porque minha alma quer contemplar a paisagem.
MDansa
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