domingo, 13 de janeiro de 2013

85. Limite


Escrevo compulsivamente
Pra esquecer a dor
A tontura
A amargura
Ou pra torná-las reais
E tentar sobreviver
Estou próxima do limite
E sei que posso morrer
A qualquer momento
Se eu morresse agora seria suicídio
E este poema carta
Confissão
Epígrafe de um final absurdo
Escrevo agora, beirando a loucura,
As mãos trêmulas
De medo,
a minha própria lápide:
Aqui jaz aquela que viveu flertando com o abismo e morreu voando.

MDansa

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