terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

101. Ritmo circadiano



Lá se vai mais uma alma
Se soltou se desprendeu
Caiu na água
Viu peixes, corredeiras, chiadeiras
e se encantou
A visão das pedras
A visão do céu
O som do rio
O sonho de ir além-mar
De chegar ao infinito
Ou nunca chegar, continuar
numa viagem de quem
Fez o que tinha que fazer
Fez sorrisos se abrirem
E corações faiscarem
Fez dos ciclos da vida
Sua batucada de carnaval
E cantou circadianamente
No ritmo de drosophilas
Seu relógio não bate mais
Ele voou em direção ao céu
Como estrela cadente que era
Sempre foi
E hoje brilha lá no seu lugar.

11/02/2013
Ao Alexandre Peixoto
Estrela na terra e no céu
M.Dansa

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