domingo, 16 de setembro de 2012

30. Boca de silêncio

O silêncio da sua boca junto à minha
Seu ar respirando o meu
Seu coração pulsando forte
E me batendo no rosto
Acendendo em mim
Aquela luz que me cega

Um segredo dedilhando
Aquela noite
Tirando música das estrelas

A infinita inconsequência
Da sua carne
E da minha

Um quase ataque
eu quase homem
A permissão que não vem
O medo que apavora
O futuro que perturba
A covardia que questiona
A mágoa que não passa
Não passa...

E aquela boca de silêncio permissivo
Cala.
E eu, muda e surda,
Morro mais um pouco.

MDansa

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